quarta-feira, 25 de junho de 2025

Não sei se eu mudei, ou mudou o São João...

|| Nem um Comentario

   

Side A / Side B

Vamos a uma breve recapitulação, que muito provavelmente é o que esse blog vai ser mais usado pra registrar, pelo menos no futuro próximo. Então vou deixar aqui as músicas do mês de junho, que foi bem diverso.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Visitando casas velhas num cavalo sem nome

|| Nem um Comentario

 

    Só porque eu estou muito obcecado por essa música, eu adoro músicas que contam uma experiência que é claramente ficcional, ou que não necessariamente aconteceu com o compositor/artista, mas é um causo. Essa é uma história de um homem que diz que esteve no deserto com um cavalo sem nome... Eu tô me sentindo no deserto agora, mas como a música fala, nem sempre isso é algo ruim.

No deserto você pode lembrar o seu nome, porque não tem ninguém em volta pra te perturbar. 

    Tá sendo um momento de remember who you are, eu to lembrando de coisas que eu fazia há mais de 10 anos e percebendo que sempre estive fazendo elas de um jeito ou de outro. Escrever tá sendo um tipo de magia, porque tem coisas acontecendo comigo, e elas se tornam mais fortes à medida que eu escrevo sobre elas, e ao mesmo tempo, escrever é o que faz elas acontecerem. Basicamente eu estou tendo experiências, ação interna... 
    No deserto não tem chuva e você pode vagar e vagar... pra mim ficou subentendido que o contador dessa história está morrendo, e talvez por isso ele tenha um olhar tão animado sobre esses últimos dias no deserto, porque ele também conta das dificuldades que se acumularam, a sede, o sol, e até perder o cavalo. Ou talvez ele tenha escapado mesmo. De qualquer forma, toda transformação é um tipo de morte.
Mas sobre momentos que estão passando a existir ao serem registrados:


    Primeiro que A horse with no name, por ter me tocado bastante, influenciou eu criar essa playlist, mas não está na seleção. Eu só também tô ouvindo muito Golden Brown e agora ela é o instrumental de preferência do meu cérebro, a música de elevador que fica tocando durante o dia. Então eu resolvi juntar ela com outras músicas que me lembravam a mesma sonoridade, e mais recomendações do tiktok sobre essa vibe. E com tudo isso eu lembro que eu fui muito fã de folk em 2013 e gostava muito dos instrumentos, e do gênero em si, principalmente o quesito narrativa. Em resumo:
I never change, i simply become more myself... 
essa era uma frase que eu gostava bastante também kkkkkk e o pior é que é verdade.

    Tem algo a ser falado, que eu não sei se vou conseguir resumir aqui, sobre esse contato com versões anteriores da gente, principalmente essas que estão presentes em um meio digital, que me fascina muito. Eu to muito feliz por ter algumas migalhinhas de mim online que nem são mais relevantes, a não ser pelo fato de que eu posso visitar elas e voltar um pouco no tempo. É como voltar à casa onde você morou quando era criança. O espaço e o tempo estão interligados, e agora aprendi que existe uma palavra pra isso: cronotopo. Palácio da memória. Estou feliz por estar registrando essas coisas banais agora, não pelo meu eu do futuro, mas principalmente pelo meu eu do presente, de agora, e como isso tem me ajudado a assimilar as coisas que eu estou vivendo. Eu crio enquanto falo...
    Nota final, eu preciso muito em breve revisitar as mixtapes do Bastille que foi minha trilha sonora em 2013 e 14 inteiro, porque hoje mesmo eu me deparei (Através do cover da Jade de Frozen da Madonna) com o trecho de uma música que eu tinha ouvido lá e não sabia que era um sample (Set you free - N-Trance). Do you remember the time?


terça-feira, 3 de junho de 2025

Sinais dos tempos

|| Nem um Comentario

     Contra a minha vontade, esse está se tornando um blog de resenhas. Mas eu espero pelo menos dar algum sentido ou pelo menos acrescentar alguma coisa ao que eu escrevo aqui a respeito de outras coisas que leio, porque no fim das contas essa é a graça, o que eu ganho com as coisas que leio e o que eu dou de mim pra elas, e a leitura vai se formando nesse meio do caminho. Esse texto é pra lembrar a importância de ler coisas que você não gosta ás vezes, e como é maravilhoso ter contato com coisas ruins pra você saber como as boas são valiosas. 

    Eu terminei de ler o famoso A cabeça do Santo de Socorro Acioli, motivado principalmente por curiosidade junina, já que esse livro vai ser adaptado por uma quadrilha, e pensando em como falar sobre essa leitura, encontrei a resposta em um texto sobre outro livro (Salvar o fogo e Itamar Vieira Júnior), que vale a pena ser lido até se você não leu o livro em questão (como eu não li). Mas vamos por partes.

  O texto chegou ao meu conhecimento porque gerou polêmica, o autor do livro acusou a autora do texto de racista por conta dessa crítica. Ironicamente, dentro do próprio texto a autora menciona um caso parecido que aconteceu antes, quando uma jornalista negra foi acusada de racismo e inveja por criticar o livro-fenômeno do autor, Torto Arado, que a atacou por DM. Uma boneca russa de takes errados. E olha que essa foi uma crítica bem comedida, que procura mostrar possíveis pontos positivos com uma boa vontade que eu estou tentando começar a ter, principalmente pra tentar escrever melhor.  Pra mim o ponto chave do texto, que se aplica a tantas coisas atualmente, é esse:

Retrospectiva Maio

|| 2 comentários

     Após ler em meu caderno... Que felizmente usei bastante esse mês, e aqui tem sido uma espécie de pós produção pra onde eu trago algumas coisas. 

    Esse foi um mês de mudança de remédio, que agora estou tomando religiosamente todos os dias, apesar de que ainda capengando nos horários. Além de escrever também estive desenhando mais (no caso, uma vez por semana geralmente, o que já é mais do que nada), e me deixa muito feliz perceber isso agora, é algo que tem me dado muito prazer, apesar de que me dá um cansaço inigualável, e eu vou precisar adaptar minha postura pra continuar fazendo isso. Também li mais, agora que eu tenho um single purpose device aka kindle, que aliás estou adorando. 

    Está sendo um período de mudanças na minha vida e eu tô aproveitando pra rever muitas coisas que eu tinha como certas ou não questionadas, e chegando a novas conclusões, tendo algumas das supsotas 100 conversas que você precisa ter. O mais interessante foi que eu estava olhando uns cadernos antigos e olhando os pensamentos muito básicos que naquela época eram descobertas enormes pra mim... um processo constante kkkkk

Esse tema me leva a outra parte da recapitulação: músicas.