Só porque eu estou muito obcecado por essa música, eu adoro músicas que contam uma experiência que é claramente ficcional, ou que não necessariamente aconteceu com o compositor/artista, mas é um causo. Essa é uma história de um homem que diz que esteve no deserto com um cavalo sem nome... Eu tô me sentindo no deserto agora, mas como a música fala, nem sempre isso é algo ruim.
No deserto você pode lembrar o seu nome, porque não tem ninguém em volta pra te perturbar.
    Tá sendo um momento de remember who you are, eu to lembrando de coisas que eu fazia há mais de 10 anos e percebendo que sempre estive fazendo elas de um jeito ou de outro. Escrever tá sendo um tipo de magia, porque tem coisas acontecendo comigo, e elas se tornam mais fortes à medida que eu escrevo sobre elas, e ao mesmo tempo, escrever é o que faz elas acontecerem. Basicamente eu estou tendo experiências, ação interna... 
    No deserto não tem chuva e você pode vagar e vagar... pra mim ficou subentendido que o contador dessa história está morrendo, e talvez por isso ele tenha um olhar tão animado sobre esses últimos dias no deserto, porque ele também conta das dificuldades que se acumularam, a sede, o sol, e até perder o cavalo. Ou talvez ele tenha escapado mesmo. De qualquer forma, toda transformação é um tipo de morte.
Mas sobre momentos que estão passando a existir ao serem registrados:
    Primeiro que A horse with no name, por ter me tocado bastante, influenciou eu criar essa playlist, mas não está na seleção. Eu só também tô ouvindo muito Golden Brown e agora ela é o instrumental de preferência do meu cérebro, a música de elevador que fica tocando durante o dia. Então eu resolvi juntar ela com outras músicas que me lembravam a mesma sonoridade, e mais recomendações do tiktok sobre essa vibe. E com tudo isso eu lembro que eu fui muito fã de folk em 2013 e gostava muito dos instrumentos, e do gênero em si, principalmente o quesito narrativa. Em resumo:
I never change, i simply become more myself...
essa era uma frase que eu gostava bastante também kkkkkk e o pior é que é verdade.
    Tem algo a ser falado, que eu não sei se vou conseguir resumir aqui, sobre esse contato com versões anteriores da gente, principalmente essas que estão presentes em um meio digital, que me fascina muito. Eu to muito feliz por ter algumas migalhinhas de mim online que nem são mais relevantes, a não ser pelo fato de que eu posso visitar elas e voltar um pouco no tempo. É como voltar à casa onde você morou quando era criança. O espaço e o tempo estão interligados, e agora aprendi que existe uma palavra pra isso: cronotopo. Palácio da memória. Estou feliz por estar registrando essas coisas banais agora, não pelo meu eu do futuro, mas principalmente pelo meu eu do presente, de agora, e como isso tem me ajudado a assimilar as coisas que eu estou vivendo. Eu crio enquanto falo...
    Nota final, eu preciso muito em breve revisitar as mixtapes do Bastille que foi minha trilha sonora em 2013 e 14 inteiro, porque hoje mesmo eu me deparei (Através do cover da Jade de Frozen da Madonna) com o trecho de uma música que eu tinha ouvido lá e não sabia que era um sample (Set you free - N-Trance). Do you remember the time?
 
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