Simplesmente preciso registrar a existência do filme Rei Arthur (2004) e o fato de que eu assisti ele. Mas primeiro eu tenho que admitir que o título do post se refere à música do Reginaldo Rossi, que também poderia estar falando sobre a ilha de Avalon, que chegou até os meus ouvidos de novo esses dias, e eu não podia deixar de aproveitar essa oportunidade. 
    Falando em títulos dramáticos, tudo começa com o livro As Brumas de Avalon (que é o nome da série, na verdade), que eu comecei a ler porque queria dar um tempo de livros russos, já tinha baixado, e acabei naõ terminando. Apesar de não ter gostado da escrita, foi interessante entender porque ele deve ter sido inovador na época em que foi lançado, lá em 1983. Provavelmente foi uma das primeiras "releituras feministas" de obras clássicas/mitológicas, que hoje é um gênero comum e até saturado no mercado editorial, e que até engloba um livro que eu gosto bastante (Circe da Madeline Miller). Aí o que acontece é que do livro, lembrei desse filme por causa do casal de Hannibal - graças às várias fanfics deles nesse universo particular, por causa dos atores.
    Nossa, é muito interessante a sensação de você comparar o que era um "filme ruim" 20 anos atrás versus agora. Esse filme não foi bem quisto nem pelo público geral e nem pelo "fandom" de obras Arthurianas, graças à proposta de ser uma versão "histórica" - e não mitológica - da lenda, e fica muito difícil agradar quando você se coloca nesse critério. Quanto a adaptação, eu não tinha expectativa nenhuma porque só conhecia elementos soltos dela, mas não uma versão oficial e canônica (ou o mais perto disso que existe nesse caso). 
    Não podemos esquecer também que esse filme é pós- Senhor dos Anéis (falando em fantasia, né), o que dá pra perceber bem nas sequências de batalhas, que o público devia estar esperando. Muito ranger de espadas e a Keira Knightley (outra escolha que grita a época que o filme foi feito) de top manuseando arco e flecha, porque sim. Mas com tudo isso eu não consegui deixar de ficar fascinado pelo visual desse filme, primeiro que ele parece ter um filtro torando que eu só comecei a ver em coisas de muitos anos depois, e segundo que ele realmente tem uma iluminação muito bonita, principalmente considerando que é um fime de ação, blockbuster. Compare isso com qualquer filme de estúdio grande ou da netflix feito nos últimos 6-8 anos:  
Acho que o fato de ser filmado em cenários reais na maioria das vezes, e com iluminação e profundidade, me deixou. igual crianças assistindo youtube ou espectadores de Rupaul's Drag Race, simplesmente entretido por luzes e sons se mexendo. E as cenas noturnas me deixaram extremamente parcial ao Senhor Fantástico com belas madeixas cacheadas.
        Achei muito engraçado que a mensagem do filme é super americana, perdi as contas de quantas vezes a palavra liberdade foi falada. Os romanos são invasores na Grã Bretanha mas depois do Arthur (que é romano e chefe da ocupação) "salvar" os selvagens de outros invasores, de repente todo mundo se ama, a liberdade venceu e termina com um casamento de novela. Ainda assim achei genial que o filme termina com três cavalos correndo, representando os três cavaleiros mortos, e retomando algo que foi falado no início, de que grandes guerreiros voltam como cavalos. Às vezes a gente sabe que tá consumindo uma fórmula e mesmo assim achamos ela saborosa, e tudo bem. 
    Ainda pretendo assistir outros filmes de Rei Arthur, na medida em que minha paciência pra filmes tá permitindo. Meu foco agora está num mangá chamado A Witch's Life in Mongol, e achei no mínimo curioso lembrar que o filme Rei Arthur começa nas estepes da Ásia Central. Tô gostando bastante da arte e da ambientação, e vamos ver onde isso vai me levar. 


 
Eu lembro vagamente desse filme, mas achei ele legal na época. O final realmente é breguinha haha Mas sinto falta de uns filmes assim, menos cínicos, pelo menos filmes mais pipoca, mais diversão.
ResponderExcluirEu estou pra ler o primeiro volume de As brumas de Avalon e um outro livro que chama A espada na pedra. Tenho muita vontade de ler mais coisas Arturianas, mas com que tempo, né?
Indicação bobinha, mas eu adoro o Quest to Camelot (A espada mágica), que é um filme animado em cima da lenda arturiana. É bobinho, mas ainda dá um quentinho no coração.
Enfim, muito legal conhecer seu blog!
Se cuida!
A espada na pedra foi de onde foi adaptado o filme da Disney né? Pelo que li foi a versão atual mais impactante e que influenciou todas as obras de rei Arthur que vieram depois. Não conhecia esse outro que você indicou, vou pesquisar!
ExcluirQue bom que você gostou, obrigado pelo comentário e se cuida tbm!